eBGP e iBGP - Parte Capítulo 3 (Entendendo Redes TCP/IP com MikroTik - Teoria e prática)


Um item fundamental para o bom funcionamento do backbone, é o IGP, ele é o responsável por fazer o trabalho por baixo do iBGP (Figura 3.50). Tem como principal função interligar as rotas internas que fazem o iBGP funcionar, preocupado só em transportar as rotas de clientes de um lado para outro do backbone. O iGP normalmente é um OSPF (o mais utilizado no mercado hoje), e tem a função de preparar o terreno para que o iBGP torne o trabalho do protocolo eGP mais tranquilo.

Figura 3.50 – Modelo de representação de como funciona o BGP dentro e entre ASs.

De acordo com a Figura 3.50, fica mais clara a explicação anterior. Dentro de uma AS temos iGP trabalhando em um plano inferior, depois vem o iBGP fazendo o controle do AS, e, por último, o eBGP interligando os ASs externamente.

·         eBGP – peering entre roteadores de diferentes ASs;

·         iBGP – peering entre roteadores do mesmo AS.

Quando usamos o protocolo BGP, um roteador passa a ter dois “mundos” – eBGP e o iBGP.

Diferenças básicas eBGP e iBGP

eBGP:

·         Os peers estão quase sempre diretamente conectados;

·         Caso os peers não estejam diretamente conectados ativar a configuração multihop;

·         Adiciona o AS ao caminho anunciado;

·         IP do próprio roteador, é repassado como a informação do next-hop, por padrão.

iBGP:

·         Os roteadores que integram o núcleo da rede devem ter sessão BGP entre si (Full-mesh), para que a propagação de rotas seja consistente dentro do AS;

·         Os anúncios recebidos não são modificados ao reenvia-los;

·         Devido ao item anterior desta lista, o next-hop recebido de um eBGP é repassado sem alteração internamente. Discutiremos mais adiante a solução para isso, pois o roteador de borda não se coloca como next-hop real dentro do iBGP.

Não repassar internamente no mesmo AS, as rotas aprendidas de outros roteadores desse AS, é um comportamento normal do iBGP.

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